terça-feira, 24 de maio de 2016

EU CARECA? NUNCA! Minha tragetória até aceitação.

Você nunca acredita que um dia pode ficar careca.

No meu caso, ainda mais, até por que nenhuma mulher da família é calva ou tem pouco cabelo. Só os homens: meu pai tem cabelo ralo e fino e meus avôs são carecas coroinhas, sabe?

Eu sempre tive um cabelo fino, meio encaracolado. Nunca gostei dele. Armava muito. Mas era cheio. Lembro que uma vez, um moleque da rua (meu vizinho) disse que meu cabelo era peruca. Que ódioooooo! Queria matar ele. E naquele dia eu desejei ter pouco cabelo. E anos depois o universo me ouviu, eu acho. Eu tinha somente 12 anos.

Ironia a parte, comecei a perder cabelos depois dos 15 anos. Como podem imaginar, não me importei nenhum pouco. No entanto, com uns 20 anos percebi que já não tinha aquele volume todo. Comecei a procurar alguns médicos que faziam exames superficiais, não encontravam nada de importante. Alguns pediam para eu tomar uma vitamina, outros para usar um shampoo. Sinceramente, eu achava que jamais eu ficaria careca, ou mulher nenhuma. As mulheres que ficavam carecas eram somente aquelas submetidas ao tratamento de quimioterapia. Sim, eu era muito ignorante.

 E assim foi a vida. Aos 25 anos, ou seja, 10 anos atrás, uma médica acertou no diagnóstico. Ela me disse: "Você tem Alopecia Androgenética, a famosa calvice. Vai precisar usar este shampoo (não lembro o nome), usar esta loção (Avicis) e ingerir estes comprimidos (Pill Food)". Ela falou de uma maneira tão natural e sem olhar para os meus olhos, que de boa, eu não tive noção naquela época da dimensão do meu problema. E para contribuir, aquela tratamento era caro, muito caro para mim . Mesmo sim eu fiz. Mas não dei muita importância. Era chato demais colocar aquele negócio no couro cabeludo, e todos os dias. Usar aquele shampoo caro. Tomar aquele treco. E eu tinhas coisas mais importantes para cuidar como o meu casamento, o meu apartamento etc etc. Então, quando eu lembrava eu cuidava, quando não, não dava bola. Aquela médica também , no meu conceito, não tinha tanto crédito.

Casei. E aos 30 anos resolvi engravidar. Precisei suspender o tratamento (aquele que eu fazia mais ou menos), pois não era recomendável. Logo que engravidei o meu cabelo ficou maravilhoso como mágica!  Olhem só esta fotinha. Eu fiquei linda, maravilhosa e cabeluda. Isso foi em 2011.



Mas, assim que tive a minha cabeluda linda, minha filha Lorena, o pesadelo voltou. E mais forte. Depois de 1 ano, percebi que meus cabelos começaram a cair muito e afinarem mais. As falhas começaram a aparecer de forma assustadora. Eu não queria acreditar. Vejam uma foto que eu estava na festa de uma prima. Foi a partir desta foto que minha ficha caiu e então resolvi fazer alguma coisa. Estamos aí em meados de 2013.



Mas eu tinha um problema: vergonha de procurar um médico. De expor o meu problema e admitir que estava ficando careca. Não sei explicar. Eu não queria aceitar que aquilo estava acontecendo comigo. As falhas começaram a me incomodar, e pesquisando na internet, vi que existia formas de disfarçar com maquiagem capilar. Virei fiel usuária e totalmente dependente deste tipo de cosmético.

Um dia então, passei em frente a uma clínica capilar (daquelas que não tem dermatologista) que prometia um tratamento para a Alopecia Androgenética. Opa! Pensei então que ali eu não teria problemas. Aquela clínica capilar me prometeu o paraíso. O tratamento era caro. Mas resolvi arriscar. Lasers, loções, massagens, shampoos etc era parte do pacote. Melhorou. Mas eu não estava satisfeita. Comecei a pesquisar muito e vi que aquele tipo de tratamento ajudava as pessoas com problemas de calvice com fatores emocionais, mas no meu caso, que era genético, não teria um bom resultado. Meu Deus! Dinheiro jogado fora! Comecei a procurar então os melhores especialista no assunto. Encontrei  um médico Dermatologista e Tricologista em Guarulhos.

Assim que ele me viu percebeu o meu problema. E foi cruel comigo.  Confirmou o diagnóstico que eu já sabia. Condenou o tratamento que eu estava fazendo e  não mediu palavras em dizer o quanto eu fui irresponsável em não procurar um tratamento correto antes, pois o meu caso estava avançado. Tentei dizer que havia tentado, mas ele não deu muita atenção. Naquele dia saí daquele consultório arrasada, destruída e em prantos. Sabia que estava nas mãos do caro certo, mas ele me fez sentir um lixo. Foi duro comigo. Comecei o tratamento que ele me passou. Isso faz uns 2 anos e meio atrás, era final de 2014. E o resultado foi muito lento e imperceptível. Talvez até pior que o tratamento "alternativo" que eu estava fazendo antes. Ao procura-lo de novo para continuar o tratamento recebi a notícia que ele havia falecido. Isso foi final de 2015. Mas com a vida louca que eu levo, não dei muita atenção em procurar outro.  Estava confiante em ficar com aquele tratamento mesmo. Era o shampoo e a loção. Nem precisava de receita.

Mas há exatos 3 meses, a Alopecia voltou a me incomodar mais do que nunca. Percebi que eu estava mais dependente das maquiagens capilares e usando cada dia mais. Eu olhei para mim, desta vez sem piedade. Percebi que sim, eu não queria aceitar que eu estava ficando careca. E que a única pessoa que poderia mudar este quadro era eu, somente eu. Eu precisava encarar o meu problema de frente de uma vez por todas. Então procurei uma outra Dermatologista e Tricologista referência neste tipo de tratamento. Ela foi dura comigo também, mas de forma mais elegante, eu diria. .Mas diferente de todos os outros médicos, ela me pediu uma bateria de exames que eu jamais havia feito. Além disso, fez o meu tricograma(vou falar mais sobre isso no blog) e o resultado foi assustador. Vejam abaixo.

O que este exame fala da saúde do meu cabelo? Simplificando que: Somente 14% dos meus cabelos estão crescendo (anágenos), 72% estão caindo (telógenos) e  14% deles estão doentes, fracos (distróficos).  E as referência do que deveria ser está em parênteses. Percebe a merda? Pois é.




Ao receber o resultado fiquei desesperada de novo. A médica foi muito direta no tratamento "tipo Guerra" que eu deveria começar para tentar reverter o meu quadro, se não, eu iria ficar careca. Então comecei. Isso faz 1 mês. E como parte do meu tratamento, eu por conta própria, resolvi criar este Blog para compartilhar cada passo que farei, se haverá ou não evolução. Também quero compartilhar históricas de outras leitoras. O objetivo: é fortalecer o conhecimento junto a outras mulheres que estão passando pelo mesmo problema, ajudar no que for possível.. Pois é... aqui vamos nós!

E você, como foi sua trajetória até aceitar a Alopecia?











6 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Olá Daniela, me chamo Evelise e tenho alopecia desde meus 15 anos. Tratei por um tempo, parei, raspei a cabeça e estou com ela assim atualmente. Mas a vontade de ter um cabelo super black me fez procurar novo tratamento. Não tenho condições financeiras tão elevadas e me assustei com o básico que me foi receitado. Bom o que quero dizer é: Por favor não pare de compartilhar seu tratamento por aqui. Sei que ainda não tem tantas pessoas lendo, mas logo terá! As pessoas ou não saem o que acontece ou tem vergonha. Muito obrigada por compartilhar isso!

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  3. Bom dia Daniela, estou com esse problema da aleopércia devido a tiroidite de haschimoto. Estou fazendo tratamento com um tricologista, porém está caindo cada vez mais. Estou apavorada na verdade desesperada, pela quantidade que cai. Essa semana fui em uma homeopata que me disse que esse tratamento é ineficaz que tenho que fazer reposição de selênio, iodo e manganês e mandou eu voltar lá daqui a 20 dias. Na minha família não tem nemhuma mulher calva, minha mãe tem uma cabeleira de fazer inveja. Me diga vc tem problema de tiróide? Um araço e que Deus nos conceda a cura.

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  4. Aí gente vendo esses depoimentos fiquei mais preocupada. Porque não vejo resultados favoráveis.mas mesmo assim vamos ter fé,que tudo ocorrerá bem.
    Estou com queda também.em torno de 2meses que percebo a queda.mas vou procurar dermatologista urgente.meu cabelo era o cabelo,e durante esses 2 meses percebi o quanto ele diminuiu bastante.Deus nos ajude.

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  5. Por que interromperam o blog? Ele é muito necessário para as mulheres que sofrem com o problema.

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